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sábado, 4 de dezembro de 2010

Edgar Morin

http://www.edgarmorin.org.br/
Site bonito, e com textos interessantes do Edgar Morrin para ler e baixar.
Bem, eu gosto das proposições dele sobre complexidade...

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Livros

Bom dia!

Esses livros foram comprados hoje, na Feira do Livro da USP! Somando tudo, deu cerca de 200,00.

A feira vai até amanhã ainda, então, para quem está na região, compensa dar uma passada :)


Fiquei muito feliz de conseguir completar minha coleção do As Máscaras de Deus. Na verdade, foi com esse objetivo em mente que eu fui lá. Também queria comprar algumas coisas de Aristóteles, para estudar as questões de ética, amizade, etc. Como vocês podem ver, acabei comprando uns livros sobre issi na Odysseus.

Agora, de novidades: Eu não conhecia essa edição da EDUNESP dos hinos homéricos! Ela foi lançada esse ano (2010), parece uma Bíblia :) É biligue, tem 574 páginas, capa dura, os hinos estão separados pelos deuses aos quais se referem, e parece que tem alguns ensaios e textos junto, mas eu ainda não examinei em detalhe. De qualquer modo, ao menos à primeira vista, parece ser uma edição extremamente cuidadosa. R$80,00 no mercado, 40,00 na feira!

Também não sabia que tinha sido publicada, pela editora da unicamp, a tese de doutorado do prof. José Marcos Macedo, que foi meu professor de língua grega na USP, e é muito bom. O livro se chama "A palavra ofertada: Um estudo retórico dos hinos gregos e indianos."

Bastante coisa interessante para ler em 2011!

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Aos ancestrais desconhecidos


Escrevo esse post em homenagem ao dia dos ancestrais, mas também como parte da blogagem coletiva Ancestralidade, o fio que nos faz parte de um todo, do Mosaico de reflexões. Para saber mais, clique nos links :)

Quando li a proposta, fiquei pensando em um episódio da minha infância. Estava entre a primeira e a terceira série, mas não me lembro ao certo. A professora disse, na aula de Estudos Sociais, que os brasileiros são formados por três raças: Brancos, negros e índios, e pediu para fazer uma pesquisa perguntando para os pais quais eram os ancestrais de cada raça em sua família.

Quando perguntei para a minha mãe, ela disse que uma das minhas bisavós maternas era índia - e que alguém na família era um senhor de escravos, mas que, fora essa minha bisavó, todos eram brancos - não tinhamos negros na família. Disse isso para a minha professora e ela me respondeu que era impossível que eu não tivesse negros na família, que todos os brasileiros eram formados pelas três raças. A excessão eram um menino da sala cujos pais eram japoneses, outro cujos avós eram japoneses, e mais uma menina, que era filha de estrangeiros, pois eles não eram realmente brasileiros. Disse a resposta para minha mãe, mas ela continuou dizendo não terem negros na família. Deixei estar por muito tempo, mas isso me marcou. Não sei bem se foi por que foi uma das primeiras vezes, ou a prmeira vez, que uma informação de minha mãe se confrontou diretamente com algo ouvido na escola, ou se foi por outro motivo. Mas hoje, concordo mais com minha professora que com minha mãe.

Não tenho como achar e nomear um ancestral negro em minha família. Da parte paterna, minha família é completamente ibérica - e que saudades que tenho das terras de meus ancestrais espanhóis e portugueses, sem nunca tê-las visitado de corpo inteiro. Mas nada impede que um deles tenha vindo para o novo mundo há séculos, e trazido uma negra, que tenha sido uma ancestral distante. Aliás, aqueles espanhóis podem muito bem ser mouriscos, e terem passeado por Al-Andaluz. Essa memória se perdeu no tempo, e hoje só chega até dona Joana, minha bisavó.

Hoje, que sou formada em história, também entendo melhor o que era a Colônia, e como se davam os relacionamentos entre brancos e negros. Minha família materna parece ter vindo, se não da elite branca do Brasil colonial, daqueles homens e mulheres "da terra", desbravadores que viviam da agricultura de subsistência. Acho praticamente impossível que ao longo de sabe-se-lá-quantas gerações não tenha havido mestiçagem com negros. E, mesmo que não seja assim, o que explica meu prazer com a capoeira e o batuque, a afinidade que sinto pelo pouco que conheço do que restou da cultura dos negros que vieram para o Brasil? Mesmo que não seja uma ancestralidade sanguínea direta, mesmo tendo escolhido e sido escolhida por uma cultura muito diferente, por outros deuses, muito herdei dos descendentes da áfrica e, a esses negros desconhecidos, também honro.

Mesmo que eu tivesse um filho com um homem que, sem dúvida alguma, não tivesse nenhuma ancestralidade negra, não daria, se ele perguntasse, a mesma resposta que minha mãe deu. Diria apenas que há muito tempo atrás tivemos ancestrais negros, mas que seus nomes não foram guardados na memória da família. Mas, como meu marido tem descendência negra, vou poder dizer às crianças que o bisavô deles foi negro, descendente dos que um dia vieram na África para o Brasil.





sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Matéria interessantíssima sobre parto

Rating:★★★★★
Category:Other
Ok, escrevi isso para mandar para uma lista, mas não me contive! Estou copiando aqui!

Olá pessoas!

A Ana Maria Braga fez uma matéria hoje de 15 minutos sobre parto
natural (principalmente na água) por causa da declaração da Gisele
Bundchen no Fantástico. A matéria é excelente e está aqui:
http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM1205242-7822-MAIS+VOCE+TIRA+AS+DUVIDAS+SOBRE+O+PARTO+NA+AGUA,00.html


Ok, Ló, perguntam muitos. Por que isso é importante?
Pq o índice de cesarianas no Brasil é absurdamente alto, por motivos
políticos envolvendo a classe médica. O que vocês acham que é mais
fácil para um médico? Assustar a mulher que nunca teve um filho antes
dizendo que o bebê é muito grande para passar pela pélvis dela sem ela
ficar toda machucada ou sem riscos para a criança e agendar uma
cesária para dali a uma semana ou ficar à disposição da mulher que
pode entrar em trabalho de parto sexta feira de madrugada, no meio do
carnaval ou em qualquer outro horário numa data incerta? Daí, fazem
cesáreas em todo o mundo! E, como a maior parte das mulheres (ainda
mais na gravidez, onde elas ficam sensíveis) costuma confiar em tudo o
que o médico diz, acabam optando pela cesária com medo de terem
problemas no parto.

Só que a cesária pode ter uma série de consequencias desagradáveis
para a mãe e o bebê, e o tempo que a mãe leva para se recuperar da
cesária é maior que a recuperação do parto normal!

Para se ter uma idéia de como a questão de parto natural é complicada,
aqui em São Paulo há duas casas de parto pelo SUS. Uma está fechada
por que o governo não contratou pessoal para inalgurá-la. Todos os
funcionários da que funciona, a casa de parto de
Sapopemba(http://casadepartodesapopemba.blogspot.com/), foram
PROIBIDOS de falar publicamente sob o trabalho deles, para não gerar
procura (e a casa acabar fechando por falta de divulgação, e portanto,
de parturientes).

Me surpreendeu a Globo ter feito uma matéria como essa em um programa
feminino, pois, como sabemos, muita gente toma como verdade qualquer
coisa que seja dita na Globo. A mulherada vai toda cobrar os
ginecologistas e querer parto normal! Ou seja, pelo menos uma vez, a
Globo fez algo direito e deu bom exemplo!

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

De livros, mitos e comparações

Olá Multiply, há tempos não temos um post, não é? Bem, mas já são cinco anos e meio de idas e vindas, então vocês não se livram de mim tão cedo.

Estou há um tempo para tecer um comparativo entre dois livros que li no segundo semestre do ano passado: Os Trabalhadores do Mar, de Victor Hugo, e Star Dust, de Neil Gaiman. Quem me conhece, sabe que eu sou fã de Joseph Campbell e do jeito que ele mostra as similaridades entre os mitos e histórias, e de como a jornada do herói tem certos passos identificáveis e que estão presentes na maioria, senão todas, as histórias.

O fato é que, quando estava quase terminando de ler Stardust, tive um estalo e percebi o quanto essa história era parecida com a do Trabalhadores do Mar. Provavelmente isso seja bastante óbvio, mas o reconhecimento súbito, e quase no fim do livro, foi bastante divertido.

Passemos à análise. Como eu vou precisar revelar o enredo das duas histórias, se você se importar com os spoilers, é melhor parar por aqui.

O cerne das histórias é: O protagonista é um jovem que se apaixona por uma moça de algum modo superior a ele. Ele deseja se casar com ela, mas, para isso, terá de realizar uma tarefa impossível. Em Os Trabalhadores do Mar, Giliatt precisa recuperar a máquina do navio à vapor do pai de Deruchette, o que era considerado impossível dadas as condições do naufrágio, Thristan, de Stardust, precisa trazer para a amada a estrela cadente que caiu no Outro Mundo.

Se pensarmos que, para a imaginação simbólica, o mar é a ponte para o Outro Mundo, (veja por exemplo o Mensagem do Fernando Pessoa) temos a mesma simbologia. Giliatt, simbolicamente, também tinha que ir para o outro mundo, e as duas tarefas eram impossíveis. Portanto, a jornada de Giliatt e a de Thristan começam do mesmo modo que a do Beren, de Tolkien:  Um pedido impossível, que ninguém espera que seja cumprido, promete a mão da jovem desejada.

O pedido é aceito sem relutância. Gilliat sai para o mar à noite, meio escondido, depois de alugar um barco. Thristan, com a ajuda do pai, consegue passagem para o Outro  Mundo. Se Thristan está entre os habitantes do outro mundo, as bruxas e os seres do Belo Povo, Thristan tem a compania das aves marinhas, que, com o tempo passam quase a considerá-lo alguém da família, dos rochedos, e do onipresente Mar. Aliados e inimigos são encontrados, e o herói, mesmo inconsciente, desvela os outros personagens envolvidos com o objeto de impossível recuperação. Para Thristan, os lordes da Fortaleza da Tempestade, para Giliatt, os motivos do naufrágio. E, finalmente, o objetivo é conquistado.

Aqui, mais uma semelhança: O cumprimento da missão traz uma herança e uma ascensão pessoal: Assim como Giliatt vai ser nomeado capitão do navio reconstruído através da máquina resgatada, Thristan se descobre herdeiro da Fortaleza da Tempestade. A diferença óbvia é que um é recompensado no mundo de que veio, outro no mundo para o qual foi. Essa diferença faz com que, genericamente, o final de Stardust possa ser percebido como feliz, e o de Os Trabalhadores do Mar não.

Retornando à cidade, os dois protagonistas, que, amantiveram seus propósitos até então inabaláveis, descobrem que suas amadas estão prestes a se casar com outro homem, o que os faz perceber que eles não mais pertencem ao mundo no qual viviam. Ambos tomam a mesma decisão: Abdicam da mão de suas amadas, e dizem a elas que consentem que casem com o outro homem. Desse modo, voltam para o outro mundo.

Comparando assim, e resumindo as histórias desse modo, elas parecem simples e banais. Mas ambas as tramas são muito bem tecidas, e os personagens, bem definidos e cativantes. Os autores tem estilos muito diferentes (basta ver a diferença no número de páginas), são de épocas e lugares diferentes, e, apesar dessas semelhanças, as histórias são únicas ao seu modo.

Mais sobre "Os Trabalhadores do Mar", aqui

sábado, 2 de janeiro de 2010

Livros lidos em 2009

Copiando, como no ano passado, o meu e-mail para o GELF com minha lista de livros lidos durante o ano. Li bem mais mesmo em 2009! Mas li menos teoria...

Em 2009 eu tirei um pouco do atraso que a carga de leituras para a faculdade causou nos últimos anos. Também lí muito mais livros emprestados do que os que eu tenho em casa, o que foi bastante curioso. Deliberadamente, eu li um monte de coisas arturianas, algumas delas ao mesmo tempo. Também poderão notar que eu começei a ler Prachett e estou lendo aos poucos, em ordem de saída dos livros. Como os demais, devo ter esquecido de anotar alguma coisa, Minha lista ficou assim:

1.O Vampiro rei parte 1 (Vianco)
2.O Vampiro rei parte 2
3. O Inimigo de Deus (trilogia Arturiana do Cornwell, parte 2)
4. Negrinha (antologia de contos do Lobato)
5. O Livro dos milagres (auto ajuda - minha mãe insistiu que eu lesse :p)
6. Odisseu, uma vida (Editora Odysseus, o autor me foge agora)
7, A cor da magia
8. As Brumas de Avalon v.1
9. Excalibur (fim da trilogia arturiana do Cornwell)
10. O Último Portal - Rosana Rios
11. As brumas de Avalon v.2
12. O último bom lugar (um conto longo - ou um livro curto? do Hemingway)
13. A Morte de Arthur
14. As Brumas de Avalon v.3
15. As Brumas de Avalon v.4
16. O Noivo da Princesa
17. A Luz Fantástica
18. Teofania - Walter Otto
19. Os Trabalhadores do Mar (Vitor Hugo - ver resenha na seção específica)
20. Crepúsculo
21. As Núpcias de Cadmo e Harmonia
22. Direitos Iguais, Rituais iguais
23. Paz, Afinal (é um romance psicografado do John Lennon. Tinha ganho no natal passado, então achei legal terminar antes desse natal)
24. Stardust