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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Os Trabalhadores do Mar

Rating:★★★
Category:Books
Genre: Literature & Fiction
Author:Vitor Hugo
"O homem pode embriagar-se com a própria alma.Essa embriaguez chama-se heroísmo"


Resolvi escrever alguma coisa sobre essa leitura. Apesar de eu ter curtido ler, principalmente em alguns pontos específicos, foi uma leitura bem arrastada. Adiada por anos, com o livro já na estante, e, quando começada, interrompida várias vezes.

O início do livro é muito interessante. Hugo usa vários capítulos e páginas descrevendo um mosaico de personagens, e,a princípio, é meio difícil de imaginar onde a história vai desembocar. Mais para o meio, o livro parece infinito, interminável. A impressão que se tem, pelo menos na versão que eu li, edição de bolso com letras miúdas e margem pequena, é que por mais que se leia, o marcador de livro não se move, a leitura permanece no mesmo lugar. E, talvez, o livro acabe, nesse ponto, irritando as pessoas que não gostam de descrições longas e minuciosas.
De minha parte, li marcando trechos e pensando em leituras prévias. Lembrei-me muito do Gaston Bachelard, no "A Água e os sonhos", sobre a imaginação da matéria. Separei coisas maravilhosas, talvez faça um ensaio depois. E um relato dos perigos do mar, sempre lembra os outros: Foi impossível não lembrar do Crusoé de Defoe, do Ulisses de Homero. Sem dúvida, a figura de Gilliat espelha essas e outras, pois a boa literatura, é, mesmo, a intertextual.
Mais para o fim, o livro é agoniante: Quando você pensa que está tudo bem e tudo vai dar certo, aparece outro imprevisto, e outro, e outro, e outro. O final, não é o de um conto de fadas, mas não deixa de ter sua beleza. E, como diz o Willian Goldman, no "O noivo da princesa", é um daqueles livros para ler sabendo que a vida não é justa.

3 comentários:

Nilda Azevedo disse...

Ahh.. Victor Hugo..
Não li este livro, que tenho vontade de ler (se for seu, me empresta??). Um dos primeiros livros uq eli na vida era dele, Notre Dame de Paris, mais conhecido como O Crocunda de Notre Dame. Logo no começo, ele demorava 1 página e meia só descrevendo uma praça....
Mas este era uma característica da época, e Hugo foi um dos que mais usou este direito de descrever tudo minuciosamente.

Lorien a.k.a. Virgínia disse...

Empresto sim :) Vai junto com a sua encomenda ;)

Patricia Ferreira disse...

Victor Hugo é o mestre do pessimismo e do "nada está tão ruim que não possa ficar pior" hehehehehehehe