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domingo, 5 de dezembro de 2004

Nightfall in the Middle-Earth -Parte 1

Rating:★★★★★
Category:Music
Genre: Hard Rock & Metal
Artist:Blind Guardian
Finalmente tive a oportunidade de escutar esse CD todo. Nossa, é muito bom!
é‰ uma adaptação de uma parte do livro O Silmarillion, do Tolkien, que se inicia na queda das Duas Árvores de Valinor, e termina na Quinta Batalha, a Ninareth Arnoediad, tudo isso na Primeira Era de Arda (o Senhor dos Anéis é na Terceira). Eles fazem uma sí­ntese bem legal das 174 Páginas que isso representa (acho que eles deviam fazer uma continuação prá isso, só com a Saga turiniana), e eu vou comentar agora os pontos que eu acho de maior destaque:

2: Into the Storm: A primeira estrofe "Give it to me /I must have it/ Precious treasure/ I deserve it" já lembra o Senhor dos Anéis. Aqui o objeto de desejo não é o Anel Um, mas as Silmarils. A agona de Morgoth perante Ungoliant é muito bem expressa nessa música (e a seguinte é Lammoth, o Grito Ecoante) , por exemplo no seguinte trecho do refrão "Where can I run
How can I hide The Silmarils", que dá uma agonia danada! Ungoliant diz "I did my part /Now it's your turn/ And remember/ What you've promised" que é quase o mesmo que ela diz no livro, numa passagem bastante interessante.

4: Nightfall: Cançà o lindíssima. Dá todo o cenário, os motivos da guerra, numa das cenas mais tensas de todo o Silmarillion: Yavanna pede as Silmarils a Fëanor, pois sem elas não poderia reconstruir as árvores. Enquanto isso, Morgoth está matando o pai de Fëanor e pegando as Silmarils. Daí vêm "The words of a banished king/ "I swear revenge" "

5. The ministrel: Tem algo misterioso nessa pequena canção. Encantador e assustador, mas eu não sei definir o que é!

6. The curse of Fëanor: Expressa plenamente minha revolta perante a figura desse cabeça-oca. Essa música, apesar de não ser em si triste, me faz sentir toda a tristeza do Fratricídio... "Truth might be changed by victory" é realmente o tipo de frase que eu imagino o Espírito-de-Fogo falando, e é o tipo de coisa que me dá raiva nele. Ele não tem ressentimento algum pelo que faz, por mais cruel que seja. E ele pergunta "Tell: was I right or wrong? /When anger breaks through/ I'll leave mercy behind". Perfeita.

8. Blood Tears. Fala de um pequeno episódio, mas bastante interessante. Fingon resgata Maedhros, seu amigo, preso por Morgoth como Prometeu por Zeus (mas essa é outra história). A música é muito sensível.

9. Mirror Mirror: Contagiante. "Mirror Mirror on the wall /True hope lies beyond the coast /You're a damned kind can't you see /That the winds will change" E, além do mais, Gondolin é sempre uma coisa fantástica. Acho que minha alma é meio Gondolindrin. "A leader's task so clearly / To find a path out of the dark", também é uma ótima descrição do Turgon. Mas todas as contradições desse rei estão lá, quando a música diz "Merciless he's poisoning our hearts". The Curse of Fëanor é o motivo de uma estrela dessas aí, essa é outro.



Depois eu continuo o Review...

quarta-feira, 24 de novembro de 2004

Os Esquecidos

Rating:★★★★
Category:Movies
Genre: Mystery & Suspense
Uns anos atrás, eu tinha uma piração (agora estou mais sossegada e de bem com o mundo, já lí­ bastante Alberto Caieiro...) sobre como nossos sentidos podem ser manipulados e como o que achamos que é pode não ser. Todos podem estar achando que estão vendo algo que na verdade não existe, ou achando que não existe algo porque eles não vêem. Esse é um pensamento labiríntico e ambí­guo explorado, de certa forma, nesse filme.
Em muitos pontos, eu percebí temas bem semelhantes aos do jogo de RPG Mago: A Ascensão, mas não posso explicar tudo porque não deve ter a mí­nima graaça ver esse filme conhecendo bem a história. Então, dêem uma conferida :)

terça-feira, 7 de setembro de 2004

Invasão amarela




Meu bairro foi invadido por lindas flores amarelas na copa das árvores. Não tenho certeza sobre serem Ipês...
Estou pasmada com elas. São muito bonitas! Não são laurelins, mas são fantásticas assim mesmo ;)

domingo, 5 de setembro de 2004

you are what you say

"Como diria Andr� Breton, a mediocridade de nosso universo n�o passa de conseq��ncia da insufici�ncia de nosso poder de enuncia��o, e isso tamb�m � v�lido para a qualidade de nossa revolta"

-Yves Bonnefoy

sexta-feira, 3 de setembro de 2004

I, Robot

Rating:★★★
Category:Movies
Genre: Science Fiction & Fantasy
Finalmente fiz o que tanto queria fazer: Ví Eu: Robo. Até comprei o livro num sebo, para ler, mas não lí antes de ver o filme. Infelizmente não deu tempo. Não sei bem de onde, entretanto, tenho a impressão de que conhecia a história, e acabei adivinhando o final.
Eu gosto de filmes de ficção científica. Eles trazem reflexões interessantes sobre a espécie humana. E trazem uma visão de determinada época sobre o futuro. É muito interessante ver como essa visão de futuro mudou, desde a época de séries de ficção como Star Wars, até hoje. Acho que abandonamos as grandes naves e piratas espaciais, e estamos vendo o futuro mais como em Final Fantasy: The Spirits Within, que foi tão detonado pelos fãs, mas que eu adorei: Se nada acontecer em contrário, nos vemos confinados em espaços criados artificialmente onde a vida pode existir enquanto o resto do planeta se tornou insípido. A alma dele nos pede ajuda, e não sabemos o que fazer, estando dominados por interesses de "grandes": grandes políticos e cientistas que trabalham para grandes corporações e acabam causando grandes catástrofes. Mas essa grande questão (tá, a piadinha sobre grandeza já encheu) já foi tratada por Ashimov em sua obra adaptada para os cinemas.
O que eu não gostei no filme foi a propaganda descarada de algumas marcas: a primeira cena parece um comercial múltiplo: É ao mesmo tempo ridículo e bastante questionador: Nos lembra que em nosso mundo não temos paz: Estamos sempre fixados em imagens dissonantes trazidas pela mídia, mesmo quando vamos a uma sala fechada e com som alto para nos conectarmos somente em uma determinada imagem. É uma ironia curiosa. E triste, pois, como diria Yves Bonnefoy (num ensaio num livro do Edgar Morrin chamado "a religação dos saberes"), essa saturação de imagens nos torna superficiais, pois não nos dá tempo de nos aprofundarmos em imagens singulares...
Sabe, se tivese seguido um clima mais denso, o filme poderia ter sido mais profundo... Que saudades de Minority Report ou Inteligência artificial...